29 de mai. de 2008

dani and the city


Levar uma vida simples custa caro. Até a revista na banca custa caro pelo seu tamanho esquálido... uma espessura que não tem consistência nem pra servir de abano numa tarde de calor. Isso sem contar que a margem branca ocupa quase a metade da páginas. É o layout clean...suuuuuper moderno. Pior que é, muita gente nem tem tempo pra ler tantas páginas, menos ainda tão cheias de letrinhas. Eu acho que a gente deve fazer o tempo pras coisas, mas enfim, não se pode negar que é uma excelente sacada comercial. Simples.

Menos é mais. Fala aí? Brilhante!

Mas curtindo um momento de menos preocupação e mais satisfação, eu diria que vivi um momento bem básico, mas claro, ao mesmo tempo entulhado. Aproveitando a onda – eu também vou tirar a minha casquinha uai – diria que sair da fisio em plena faria lima de tênis, legging, casaqueto verde limão, jaqueta de couro branca, bolsa vermelha e óculos azuis, foi sem dúvidas, meu momento Sex and the City do mês. Imagina a figura ouvindo o ipod – que tem uma linda e fofa casinha cor de rosa – e dando uma passada na banca de jornais para pegar um exemplar fresquinho e uma revista. Faltou só um moka do Starbucks. Mas por pura preguiça, ele só estava a umas duas quadras!

Incrível isso, podemos agora declarar que temos mesmo mulheres temporariamente insanas desfilando modelitos extracoloridos totalmente impunes por aí em plena luz do dia. E pior: felicíssimas! Mas tem pior: eu sou uma delas!!!

Mas aquele solzinho da manhã de outono... quente na medida, os tênis confortáveis para andar entre as pessoas sem ser refém do trânsito estando isolada e lacrada dentro do carro... o cheiro de liberdade estava em tudo: nas roupas, na velocidade de cruzeiro, na trilha sonora em um cruzamento lotado... era pura magia do cinema acontecendo na vida real...

Espero que com a estréia do filme mês que vem eu passe a ser apenas mais uma na multidão, atravessando a Gabriel com a Faria Lima com uma bolsa que tem metade do meu tamanho – proporcionalmente eu diria que ela é maior – e sonhando com um Martini! Sim, porque ele vem no mesmo copinho fashion que o Cosmopolitan, mas como é transparente é mais fácinho de combinar. Vai com tudo!

Vida simples também tem glamour, pensa o que?



12 de mai. de 2008

luz e som e cheiro de hálito

Os melhores momentos surgem de experiências inesperadas. Os verdadeiros artistas são aqueles que falam para todos. São duas de minhas verdades.

Nunca fui fã, não conheço de cor os refrões das letras. Fui por acaso ao show do Nando Reis no antigo Palace e foi com certo prazer que constatei: algumas coisas são verdadeiras por sua singeleza. Luzes, flores, voz e acordes. A calma e a poesia acolhem ouvidos mais experientes, ousadia, volúpia e batidas viscerais seduzem os corpos mais livres. Num contexto coletivo de mãos e braços percebi que, na verdade, o que enche o ar é apenas luz e som e cheiro de hálito. Descobertas que fazemos aos poucos na vida e que nos definem como bicho humano. Experiências estas que acordam cada uma e todas as células do corpo. É simples assim, nos sentimos visceralmente vivos.

Mas nem só de instintos vive o homem...

Alguns podem ser altos, outros gordos ou magros, brancos, negros, amarelos, talvez rosados, abastados ou felizes, inteligentes e incompreendidos, miseráveis e calorosos ou, apenas, simples. Mas todos, todos sentem. É por isso que as melhores melodias são aquelas que nos falam de amor. Elas não apenas encantam, mas também confortam, nos aproximam em frases deliciosas como “... as lágrimas não secaram com o sol que fez” como parte de um todo, como pequenas peças de, quem sabe, um único coração partido.


Impressões: Neste momento ele busca as ruas do que conhece, do cotidiano de sua vida, parece um menino-maduro que se avalia sem pudores, parece perdido em suas temáticas, buscando o rumo de um lugar seguro em letras velhas conhecidas... Parece estar no caminho certo.

Obs.: A música que eu mais gostei é, aparentemente nova e ainda inacessível... no aguardo.

2 de mai. de 2008

Blog no divã


Alguns textos são deliciosos de escrever, cada palavra acrescentada parece um novo pequeno prazer que culmina em frases que se relacionam harmonicamente, enquanto outros, são o resultado escrito de uma confusão mental, são expelidos. Um incômodo que parece ser um inquilino problemático e barulhento dentro da nossa cabeça.

O texto do espaguetinho é um desses. Mesmo sem intenção ele funcionou. As pequenas mudanças realmente começaram a participar da minha vida pós-terremoto sem que eu realmente tivesse feito esforço voluntário para isso. Contabilizei neste feriado duas refeições em que eu não ataquei o prato alheio em incursões curiosas e isso porque, acredite, não houve curiosidade! Também não liguei de volta, não mandei e-mail, torpedo ou sinal de fumaça a respeito daquela ligação silenciosa que parecia tão incômoda. Parecia. Na verdade, não estou nenhum pouco incomodada em não saber de que se tratava o assunto que nunca foi discutido. Estou serena e em paz em assumir o que eu quiser sem ter comichões me dominando.

As frases mal temperadas do texto abaixo – se é que eu posso fazer um trocadilho com o lance do espaguetinho – parece que foram extremamente digestivas para os pensamentos que andavam constipando meus pensamentos. Nenhum nó muito complexo a ser desatado neste caso, mas a fórmula parece promissora. Uma terapia online. Online, porque aparentemente enquanto a gente não tem a força de dizer isso para que outras pessoas também ouçam é apenas meia verdade, tecnicamente não é considerado um exorcismo quando apenas o espelho ou o volante escuta essas confissões de autoconhecimento. Sem falar que dificilmente há um confronto, ninguém para tirar a razão.

Terapia em um post, another web wonder!

Então...Semana que vem? Mesmo horário?