11 de mai. de 2011

Você tem que ser parceiro

Quantas vezes você ouviu esta frase nos últimos 5 anos? O relaxamento de alguns ambientes de trabalho trouxe essa noção de parceria para quebrar o estigma de cliente/patrão/chefe. O que acontece é que, como diria o juiz comentarista: a regra era clara. ‘Parceiro’, vulgo macaco gordo cativo, geralmente escuta isso quando precisa fazer um preço camarada, e é gentilmente convidado a investir no ‘negócio comigo’, ficando implícito que o lucro é um sujeito oculto e indeterminado que nunca será apresentado a você.

I. SEM CONFIRMAÇÃO DE ENVIO NEM DE ENTENDIMENTO

A comunicação online trouxe grandes benefícios e agilidades, mas o advento dos smartfones chegou com a sugestão nada sutil de que se você pode estar conectado 24 horas. Portanto, o seu parceirão vai assumir que se não está, é porque não quer... Os e-mails vieram como uma evolução, mas trouxeram à tona a deficiência de leitura e interpretação de texto de boa parte da população. Sabe aquele pessoal que não tem paciência para ler piadinha, não adianta nem mandar? Pois é, eles também têm preguiça de ler o mails de trabalho, dão uma zapeada, buscam
uma ou outra palavra sem ler até o fim e respondem propagando o telefone sem fio, digo, a carta wireless do criolo doido. Falando em telefone, essa era uma ferramenta mais útil para estas pessoas, evidenciavam na lata e em bom som a problemática do ruído na mensagem. Elas tinham entonação, 'bem'.


Hoje qualquer solicitação deve ser feita por e-mail,mas para algumas coisas, o que funciona mesmo é o bom e velho telefone. Você liga, solicita e ouve: “Você pode me passar isso por e-mail?” Pronto, já sabe que ninguém vai dar bola pro que precisa nas próximas 48 horas. Da próxima vez manda só o mail. Tampouco resolve. E-mail funciona para fora do país, os gringos são uma beleza, tardam no fuso horário mas não falham e por aqui o povo insiste num preciosismo danado e desmedido.

aguarde dramas corporativos dos próximos capítulos...