29 de jan. de 2011

Uma trégua com o calor

O termômetro está desafiando nossa sanidade estes últimos dias. Mesmo para quem usufrui do ar condicionado, o entra e sai dele já é de enlouquecer. É Las Vegas no verão, sem a expectativa de encontrar um universo lúdico para adultos ao cruzar o bafo e abrir as portas.

Em semana de moda burbulhando na Bienal, encontrei navegando pela web um acessório fashion e geladinhho. Totalmente customizável ao gosto e tamanho do freguês.

É só adicionar água!
(Ice Me)

21 de jan. de 2011

Endereço da bagunça

"A hesitação é a maior inimiga da faxina." Milton Hatoun - Estadão 21/01/2011

Começo com esta frase porque a verdade em suas poucas palavras é contundente. Todo ser humano se promete em tempo de ano novo - seja ele judaico, chinês, tibetano ou o popular 1/1 do calendário gregoriano - se propõe a fazer uma faxina na vida, uma reciclagem interna e externa. Nessa coluna de hoje Hatoum relata que de fato arregaçou as mangas e deu uma limpa em seu escritório, deoarando-se com itens esquecidos e perdidos.

Por que será que mesmo em era tecnológica nos apegamos tanto aos badulaquezinhos, papéizinhos, pequenas lembranças de momentos que estarão sempre conosco, com ou sem bibelô? Confesso que resisto à usar agenda digital e bloco de notas para as tarefas mais comuns, sou adepta do bom e velho papel e lápis - fui alfabetizada assim, longe de um teclado e estes objetos tão familiares me são indispensáveis e queridos. Canetinhas coloridas e grifa-textos serão sempre mais interessantes para mim do que uma fonte colorida em negrito ou tabelas coloridas em tons pastéis. É um vício adquirido numa época pré CD. Da mesma forma os post its colados no monitor não são a mesma coisa que o programinha post it - onde o telefone da padaria da esquina fica oculto sob janelas na área de trabalho.

Fiz também uma faxina e a voz da razão soa em alto e bom som que realmente nem temos tempo de usar tantas referências em revistas guardadas, papéis com contatos de trabalhos antigos, nomes que já não fazem sentido. Abalrroei dois cestos de lixo e não sinto falta de nada. Deu aquela sensação pós rompimento amoroso: o que que isso estava fazendo aqui por tanto tempo?!

Simplificar a vida atualmente é uma da chaves para o sossego. São tantas coisas para acompanhar - notícias, redes, moda, tecnologia, cultura... - que não sobra tempo para aproveitar os deleites das tarefas cotidianas. Ter um endereço certo para cada coisa é uma organização sustentável, se as coisas ficam instaladas aos trancos e barrancos, um dia elas desabam morro abaixo - e aí a quem culpar se quem as instalou alí foi você mesmo?

18 de jan. de 2011

Com sumo ou sem sumo, eu sumo...

Olá... assim, singelamente retorno de férias para a banca. Voltando à rotina fui à dentista, me redimir pelo sumiço e a consequente falta de toda e qualquer manutenção no ano passado. Ortodonticamente eu não poderia estar mais em sintonia com o modelo de sociedade atual: estou me consumindo. Eu literalmente como os dentes, e fui alertada que se continuar neste ritmo em duas décadas minha boca estará devastada. Semi-desértica com microclima de mangue. Tem algo menos sustentável que isso? Implacável esse consumo desenfreado...