
20 de dez. de 2011
10 de out. de 2011
14 de set. de 2011
2 de set. de 2011
31 de ago. de 2011
Escrutínios de final de semana
Você levanta, ainda com a cara amassada do soninho extra e segue semi-sonâmbulo para auxiliar na maratona de xícaras, pratos, facas, queijos, café e leite que hoje não vão sozinhos para a mesa. Torradeira em baixo do braço, se senta e depois de recheá-la, dá início a uma refeição matinal mais folgada, com conversa, quitutes extras e o conforto do seu pijama.
Duas espreguiçadas depois a maratona recomeça para devolver tudo a seus lugares. Elege, então, a tarefa de pôr a louça na máquina. (Aqui em casa, é a melhor funcionária: não retruca, não tem FGTS e não falta nunca!) Ao limpar os excessos de dejetos e migalhas slurshhhh........ quem foi o filha da puta que deixou um pote INTEIRO de manteiga no prato!?!?
Tai um bom jeito de começar o dia, filosofando sobre os hábitos alimentares da espécie.
1 de jun. de 2011
Continuando... "Você tem que ser parceiro parte 2"
II FERRAMENTAS, ESPECIALISTAS E PADRONIZAÇÃO DE MÉTODOS
Parceiro que é camarada entra no esquema organizacional, afinal não nomear o arquivo em caixa alta tracinho, a data tracinho, o que tracinho, de quem, fará com que o conteúdo do arquivo seja um mistério, afinal se ele veio num mail de assunto: "foto da dona Carmem", e a extensão é jpg, existe 95% de chance da imagem ser de um elefante equilibrista com guarda-chuvinha lilás.
Organizar pastas é uma coisa muito pessoal, o resultado pode ficar terrivelmente comprometido se um usar a nomenclatura leva 4 e o outro etapa 4. “Ah... com esse nome eu não vi”. Isso é um atravanco na produtividade sem tamanho, depois estas pessoas ainda retornam com frases feitas: “Isso não é produtivo” ou “eu tomei a iniciativa”em mails copiados para metade da torcida do Grajaú. Se você tivesse alguma iniciativa, meu caro profissional da onça, teria aberto a pasta que recebeu, dado uma olhada nos arquivos e feito o trabalho – isso sim seria produtivo!!!
11 de mai. de 2011
Você tem que ser parceiro
Quantas vezes você ouviu esta frase nos últimos 5 anos? O relaxamento de alguns ambientes de trabalho trouxe essa noção de parceria para quebrar o estigma de cliente/patrão/chefe. O que acontece é que, como diria o juiz comentarista: a regra era clara. ‘Parceiro’, vulgo macaco gordo cativo, geralmente escuta isso quando precisa fazer um preço camarada, e é gentilmente convidado a investir no ‘negócio comigo’, ficando implícito que o lucro é um sujeito oculto e indeterminado que nunca será apresentado a você.
I. SEM CONFIRMAÇÃO DE ENVIO NEM DE ENTENDIMENTO
A comunicação online trouxe grandes benefícios e agilidades, mas o advento dos smartfones chegou com a sugestão nada sutil de que se você pode estar conectado 24 horas. Portanto, o seu parceirão vai assumir que se não está, é porque não quer... Os e-mails vieram como uma evolução, mas trouxeram à tona a deficiência de leitura e interpretação de texto de boa parte da população. Sabe aquele pessoal que não tem paciência para ler piadinha, não adianta nem mandar? Pois é, eles também têm preguiça de ler o mails de trabalho, dão uma zapeada, buscam
uma ou outra palavra sem ler até o fim e respondem propagando o telefone sem fio, digo, a carta wireless do criolo doido. Falando em telefone, essa era uma ferramenta mais útil para estas pessoas, evidenciavam na lata e em bom som a problemática do ruído na mensagem. Elas tinham entonação, 'bem'.
Hoje qualquer solicitação deve ser feita por e-mail,mas para algumas coisas, o que funciona mesmo é o bom e velho telefone. Você liga, solicita e ouve: “Você pode me passar isso por e-mail?” Pronto, já sabe que ninguém vai dar bola pro que precisa nas próximas 48 horas. Da próxima vez manda só o mail. Tampouco resolve. E-mail funciona para fora do país, os gringos são uma beleza, tardam no fuso horário mas não falham e por aqui o povo insiste num preciosismo danado e desmedido.
aguarde dramas corporativos dos próximos capítulos...
6 de abr. de 2011
Sexy bed

23 de mar. de 2011
Arrastão
Quando penso que faço parte de uma geração que achava o máximo uma tela com cursor piscando em verde, um disquete do tamanho de uma frigideira de ovos estalados e fita k7... O mundo andou muito rápido nas últimas décadas e esta virada está mexendo muito mais profundamente com nosso comportamento do que sequer temos tempo de imaginar. Qual a minha surpresa quando me deparei com a coluna de Luli Radfahrer, “O mundo híbrido” que degustei junto ao meu café preto e vi: opa... não sou só eu...
“Boa parte da ansiedade em que se vive hoje vem de uma mudança de comportamento abrangente e silenciosa, que surgiu nas mídias sociais e se misturou a outras regras de convívio.”
A chamada do caderno de tecnologia da Folha hoje é o aniversário do Twitter, mas o que chama atenção mesmo é a parte ‘retrô’ que permeia todas as páginas e fala dos estranhamentos dos usuários de novas interfaces de seus programas favoritos. De como tudo fica obsoleto rápido demais, de como as versões beta nascem e morrem, sem necessariamente chegarem a vida adulta. De como já não dá mais tempo de se acostumar com as alterações e atualizações. É só você se apegar, deixar redondinho que ela muda outra vez. Estamos sempre como o coelho branco, atrasados. Nem precisa checar o relógio, vai nos atrasar ainda mais.
“Outras mudanças como a crescente acessibilidade e disponibilidade, são ainda mais agressivas (...) Plantas têm períodos férteis, todos precisam descansar uma parte do dia e nem as crianças mais mimadas das gerações anteriores acreditariam em um mundo sempre ligado, próximo e prestativo. Hoje, porém, é quase um crime estar indisponível. Todos precisam estar sempre prontos, quaisquer que sejam as condições. As vendas de Viagra que o digam.”

A coluna dá muito pano para manga, permite detalhamentos em muitos aspectos... Mas pulo para outra página: “Artista britânica desenha novidades e pinta usando máquinas de escrever.” (Desenha novidades... o que isso quer dizer? Que ela é uma artista criativa e original?!) Enfim, Keira Rathborne se vale de marcas e modelos clássicos (que ela designa vintage typewriters) como Smith Corona, Olivetti e Remington para compor obras com caracteres. Gente, a criativa em questão tem 27 anos! O que a destaca entre seus contemporâneos é justamente desenvolver arte offline. “Há uma nostalgia enorme (...) para todos além de certa idade. Algumas pessoas têm um apego muito romântico a elas”.
Se isso não é um jeito fofo de dizer que as pessoas sentem saudade de um tempo em que conseguiam acompanhar as mudanças, o que mais seria?
Texto do Luli na íntegra
www.keirarathbone.com/
15 de mar. de 2011
Sendai, Japão, tsunami x Vik Muniz, artista plástico
28 de fev. de 2011
"brilhar como ouro falso" *
24 de fev. de 2011
Vintage
Numa propaganda de leilão de tapetes antigos, essa frase explicita os méritos da tapeçaria que resiste a seus moradores durante décadas. Vestígios inglórios...
23 de fev. de 2011
14 de fev. de 2011
Com a mão no bolso

Não é a indústria do matrimônio que tem arregalado os olhinhos puxados, até porque, o pessoal lá não é muito exigente com a comida e se vira nos 30 com qualquer vertebrado ou invertebrado que se mova e um poquinho de repolho.
O duro é encontrar algo para chamar de seu. Carro, casa, bike...
O 'Naked Wedding' ou casamento nú, é o nome dado para designar singelos casais apaixonados de chinezinhos que topam encarar a aventura de casar sem ter teto, meio de locomoção ou mesmo um porquinho mais ou menos recheado. Na versão brazuca seria o amor e uma cabana, com a diferença de que lá não cabe a cabana... O lugar é um formigueiro em dia de festa - imagine olhar de cima aquele monte de cabelinho preto e brilhante, andando de lá pra cá com coisinhas coloridas (aquelas irresistíveis e inúteis que custam 1,99). Por lá, woodstock do trabalho das formiguinhas nunca acaba e amor não combina com paz. Combina com mais trabalho para poder comprar uma kitnet fofa de 30m² por mais dinheiro do que se leva 20 anos pra ganhar...
Se o amor ainda tiver como pôr a mão no bolso por lá, tá 'ótemo'!

Nem tudo são rosas: parece editorial de moda, mas é a vida como ela é, chineses recém-casados.
29 de jan. de 2011
Uma trégua com o calor

Em semana de moda burbulhando na Bienal, encontrei navegando pela web um acessório fashion e geladinhho. Totalmente customizável ao gosto e tamanho do freguês.
É só adicionar água!
(Ice Me)
21 de jan. de 2011
Endereço da bagunça
Por que será que mesmo em era tecnológica nos apegamos tanto aos badulaquezinhos, papéizinhos, pequenas lembranças de momentos que estarão sempre conosco, com ou sem bibelô? Confesso que resisto à usar agenda digital e bloco de notas para as tarefas mais comuns, sou adepta do bom e velho papel e lápis - fui alfabetizada assim, longe de um teclado e estes objetos tão familiares me são indispensáveis e queridos. Canetinhas coloridas e grifa-textos serão sempre mais interessantes para mim do que uma fonte colorida em negrito ou tabelas coloridas em tons pastéis. É um vício adquirido numa época pré CD. Da mesma forma os post its colados no monitor não são a mesma coisa que o programinha post it - onde o telefone da padaria da esquina fica oculto sob janelas na área de trabalho.
Fiz também uma faxina e a voz da razão soa em alto e bom som que realmente nem temos tempo de usar tantas referências em revistas guardadas, papéis com contatos de trabalhos antigos, nomes que já não fazem sentido. Abalrroei dois cestos de lixo e não sinto falta de nada. Deu aquela sensação pós rompimento amoroso: o que que isso estava fazendo aqui por tanto tempo?!
Simplificar a vida atualmente é uma da chaves para o sossego. São tantas coisas para acompanhar - notícias, redes, moda, tecnologia, cultura... - que não sobra tempo para aproveitar os deleites das tarefas cotidianas. Ter um endereço certo para cada coisa é uma organização sustentável, se as coisas ficam instaladas aos trancos e barrancos, um dia elas desabam morro abaixo - e aí a quem culpar se quem as instalou alí foi você mesmo?